
Artista intermídia, ilustradora, desenhista, pintora, fotógrafa. Uma das pioneiras na arte relacionada com a ecologia, parte de suas obras faz referências a cosmologias indígenas e africanas. Sua arte abrange instalações (mais de 300, desde 1970), livros de artista (como designer e artista conceitual), poesia visual, fotografia e filmagens experimentais, atividades exercidas desde 1973. Foi uma das primeiras artistas brasileiras a trabalhar com vídeo e performance nos anos de 1974 e 1975.
Estuda desenho e pintura no ateliê de Frank Schaeffer (1917–2008), entre 1958 e 1962, e com Iberê Camargo (1914–1994), de 1962 até 1965, no Rio de Janeiro. No início da década de 1960, ingressa na Faculdade Nacional de Arquitetura, atual Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro — FAU/UFRJ, onde permanece até 1964, quando interrompe os estudos. Nesse ano, apresenta sua primeira exposição individual, na Galeria Alpendre, Rio de Janeiro.
No início dos anos 1970, muda-se para São Paulo e atua como assistente de direção nas agências de publicidade DPZ e MPM. Em 1972, ganha o prêmio de viagem ao exterior, concedido pela União Nacional de Arte Moderna, e vai pela primeira vez para Nova York, onde mantém contato e realiza trabalho com Hélio Oiticica (1937–1980). Realiza exposição individual em Nova York, na Galeria do Bleeker Cinema em 1975.
De volta ao Brasil, faz curso de filme super-8 na Escola Griffe, em São Paulo. Organiza, em 1979, na Nobé Gallery, “Contemporary Brazilian Works on Paper: 49 artists”, a primeira exposição de arte contemporânea e experimental brasileira em Nova York. Como bolsista da Fundação Guggenheim, retorna a Nova York em 1980 para desenvolver pesquisas sobre instalações, iniciadas na década anterior. Em 1983, edita um número da revista Flue, publicada pelo Franklin Furnance Archives, dedicado à arte experimental produzida na América Latina. Três anos depois, passa a viver em Austin, Estados Unidos, com o marido, também artista, Bill Lundberg (1942).
Os trabalhos de Regina Vater fazem parte de importantes coleções, como: MoMA (Nova York), Bibliothèque Nationale (Paris), Sammlung Verbund Collection (Viena), Blanton Museum of Art (Austin, EUA), San Antonio Museum of Art (Texas, EUA), ArtPace Foundation (San Antonio, EUA), Latin America Collection of the University of Essex (Inglaterra), Marvin and Ruth Sackner Visual Poetry Archives (Miami), Long Beach Museum of Art (Los Angeles), CAYC – Centro de Artes Y Comunicación (Buenos Aires), Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museu de Arte Moderna (São Paulo), Museu de Arte Contemporânea – USP (São Paulo) e Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro).





