Sem título (1974–77)
conjunto de oito vídeos, 52’30”, PB, mudo e sonoro

O primeiro trabalho, de 1974, já indica o campo problemático que todos os videoteipes procuram focalizar. Trata-se de comunicação, melhor: de possibilidade e impossibilidade de comunicação, comunicação com ou sem, ou mesmo contra, a linguagem, de arte e ficção, mentira e verdade e da posição do artista no seio dessa problemática. O veículo, pelo qual se realiza esse programa, é a televisão. No vídeo, aparecem caracteres gravados em um muro. Finalmente, enquadra-se uma estrutura grosseira de tijolos aparentes que revela o emparedamento de um portal. A imagem indica a metáfora visual dos caracteres, mutilados e espoliados do seu sentido, e no reflexo especular dessas duas cenas, a promessa ideológica de comunicação e entendimento de televisão se esclarece na sua ilusão.

Fontes
Galeria Athena e Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Exibições
Mostra Video Art, Instituto de Arte Contemporânea da Universidade da Pensilvânia (1975); Mostra de Arte Experimental de Filmes Super-8, Audiovisual e Videotape, MAM Rio e Galerie de la Maison de France (1975); mostra individual, MAM Rio (1976); “7 artistas do vídeo”, MAC USP (1977); XIV Bienal Internacional de São Paulo (1977); Art Video, Musée d´Art Moderne de la Ville de Paris (1980); Quasi Cinema, Centro Internazionale di Brera, Milão (1980).
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